quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Comprei este pequeno bicho:


E tenho de admitir que a Western Digital voltou às minhas boas graças após a frustração que sofri com o firmware do My Book (é pior que uma lapa para apagar). Ainda não encontrei codec que não passe aqui, desde ficheiros mkv's de alta definição 1080p até ao mais reles avi standard. Aconselho vivamente. Mais informação aqui.
Gamer
Classificação: 3 espigas (em 10)

Positivo - O conceito, como em tantos outros filmes, até era interessante. A fronteira cada vez mais ténue entre a realidade e o virtual, as grandes corporações, o controlo da mente por meio da neurociência e de redes neuronais. Tudo muito ao estilo William Gibson.

Negativo - Quase tudo o resto. Mal escrito, com uma narrativa simplista e mesmo assim confusa e cheia de buracos. Câmaras a filmar com demasiada epilepsia (mais que Greengrass nos dois Bourne juntos!), efeitos exagerados, uma crónica cópia de planos sacados descaradamente, aqui e ali, a Blade Runner. Lanço a pergunta: será que estes tipos (os dois realizadores) são reais? Ou foram inventados por algum PC manhoso, que os colocou numa realidade virtual, quais robots obedientes? Só assim se compreenderia como é possível fazer algo tão artificial. Acima de tudo, lamento a presença neste desastre de Michael C. Hall, ao qual só na TV e no teatro são oferecidos trabalhos condignos. A Gerard Butler não se lhe pede muito mais. O homem é cada vez mais um pote de testosterona.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Música para o countdown do início de 2010:


Beastie Boys - Body Movin' - versão original de 1998

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Anda tanta gente por aí a escrever (boas e más) críticas de cinema, que para o renovado Espigas decidi fazer a coisa de outra forma.
Primeiro porque já não tenho nem a paciência nem o tempo de outras épocas para teorizar sobre filmes como fiz noutros tempos em alguns sites e no antigo Espigas. Depois porque, como referi, há por aí muito boa gente que o faz bem melhor que eu. Vou simplesmente classificar os filmes, porque sou um gajo que gosta de classificar as coisas, e acrescento um ou outro ponto que me pareça efectivamente pertinente.
A classificação será a mesma que coloco na minha conta do Imdb, numa escala de 0 a 10. E aqui vão os meus primeitos bitaites:

Avatar
Classificação: 7 espigas
 
Positivo: a revolução tecnológica, em especial os monitores de "preview" do realizador sobre o mundo de Pandora renderizado em tempo real. Para mim essa é a verdadeira revolução no que toca a novidades, como o foi no seu tempo o uso de monitores de Francis Ford Coppola em "One From The Heart" (e que quase o levou à falência pela audácia de tal vanguardismo).

Negativo: a história, demasiado básica e previsível, cheia de moralismos, estereótipos e clichés ambientalistas; também o tão proclamado 3D não me seduziu. Vou tentar ver o filme num ecrã maior (ou até num Imax em Espanha), mas não parece que vá fazer muita diferença. Não vi coisas "em cima de mim" ou "ao meu lado". É apenas um quadro. 3D. Como tantos outros que têm passado no cinema, mas com maior número de pontos brancos nos fatos azuis acrescentados aos actores na hora do motion capture que provocam por vezes uma maior profundidade lateral, em vez do mais primitivo "efeito paralax". Salvam-se as cenas em interiores, onde a profundidade das salas e o "decalque" das personagens é realmente surpreendente.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Aqui vão as minhas primeiras votações para a colheita de filmes de 2009. Por enquanto vou limitar-me à votação que já submeti para os prémios Jameson da revista Empire, definitivamente a minha publicação favorita. No entanto, tenho que admitir que estes senhores, embora justos quando vão relembrar os primeiros filmes do ano para consideração no voto final (injustiça que por vezes assola os Oscars), também deviam ter tido em conta os filmes que estreiam em Dezembro. E nesse caso houve uma grande falha: Avatar. Anyway, aqui vai:


Melhor Novato: Sharlto Copley (o magnífico Wikus Van De Merwe, agente governamental sul-africano destacado para expulsar os "camarões" do Districto 9).

Melhor Thriller: Public Enemies (o filme histórico que faltava ao grande Michael Mann só podia ser sobre a história de um grande gangster).

Melhor Filme de TerrorLet The Right One In (ou o que aconteceria se um dia misturássemos poesia com vampiros na Suécia).

Melhor Comédia: Funny People (quase ex-aequo com "In The Loop", mas o primeiro ganha pelo magnífico auto-retrato da própria comédia - melhor filme de Adam Sandler desde "Punch Drunk Love").

Melhor Filme de Ficção Científica/Fantasia: Avatar (é o festival de efeitos especiais do ano, se não da década, embora a história seja relativamente básica - por isso uma menção honrosa ao novo "Star Trek").



Melhor Actor: Christoph Waltz (pelo caça-judeus mais carismático da história do cinema em "Inglorious Basterds").

Melhor Actriz: Kate Winslet (ainda votável pelo papel em "Revolutionary Road", embora o filme seja de 2008 para os americanos - e também pela falta de uma interpretação fascinante ao longo de todo o ano).

Melhor Realizador: Kathryn Bigelow (a senhora com mais tomates do cinema actual fez o melhor filme sobre a guerra do Iraque, "The Hurt Locker").

Melhor Filme Britânico: Slumdog Millionaire (categoria específica da revista Empire, na qual não podia esquecer mais uma excelente obra de um dos meus realizadores favoritos, Danny Boyle).



Melhor Filme: The Hurt Locker (o "Apocalipse Now" dos filmes da guerra do Iraque, mas feito com menos meios - imperdível).

Outros títulos que não podia deixar de mencionar (entre a lista de estreias de 2009 mencionadas pela Empire para Inglaterra): Watchmen, Moon, The Wrestler, Coraline, Up, The Curious Case of Benjamin Button.

E, já agora, aqui fica o Top 10 definido pela Empire (de forma algo precipitada, no meu entender, pois deviam ter esperado por Avatar):

1 - Let The Right One In
2 - Slumdog Millionaire
3 - Up
4 - The Hurt Locker
5 - Star Trek
6 - The Wrestler
7 - Inglorious Basterds
8 - In The Loop
9 - District 9
10 - Coraline

domingo, 13 de dezembro de 2009

Banda sonora de final de fim-de-semana:



Lord I'm discouraged - os magníficos The Hold Steady

Nestas alturas de Natal e fim de ano encontramos um infindável número de crónicas "anti-listas dos melhores do ano". Provavelmente serão tantas como as próprias listas. É um assunto muito subjectivo. Se por um lado é verdade que a maior parte dessas listas são autênticas marés de corrente muito forte à qual estamos presos por um consumismo desbragado, por outro (e agora escrevo por experiência pessoal) é nessas listas que por vezes descobrimos coisas que nos escaparam completamente ao longo do ano, por esta ou aquela razão, e com a qual nos identificamos ou desenvolvemos um gosto genuíno.
O ano passado aconteceu-me isso quando fui espreitar a lista da Rolling Stone e dei de caras com os MGMT, Vampire Weekend ou até TV On The Radio, que até então tinha pomposamente ignorado. Este ano vou fazer desses casos uma tradição, e já prometi a mim próprio navegar aqui e aqui com tempo e dedicação para ver se me escapou alguma coisa.
No cinema e TV é provável que não me apanhem tão desprevenido (um eufemismo para ignorância). Nesse caso é mais provável que me encontrem entre os votantes de algumas das listas, como esta ou esta. De qualquer forma, vou deixar brevemente aqui no blog uma lista pessoal de cinema e outra de séries televisivas para este ano de 2010. Só não o faço já porque é pouco honesto ignorar os estreantes de Dezembro e porque ainda falta "Avatar". Stay tuned.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nos últimos dias vou aproveitando as frequentes repetições no canal MOV (exclusivo ZON) para rever episódios soltos de The Wire, aquela que é, para mim, a melhor série de sempre. Sim, de sempre. Mesmo. Desde que os meus pais me deixaram, ainda menino, ver séries televisivas. Desde o Verão Azul. Acima de Sopranos (provavelmente a terceira melhor) e Sete Palmos de Terra (sem dúvida a segunda). Mais intemporal que Twin Peaks (no top 10) ou A Balada de Hill Street (idem).

Tenho consciência que este "top" pode ferir a susceptibilidade de muita gente, mas tenham calma. Nem isto é uma coisa estática, pois há sempre séries de grande qualidade a sair (vide Dexter ou True Blood), como há tops bem piores (colocar um reality show como "Survivor" ao lado dos Sopranos faz-me comichão).
Mas isto vem ao caso para, após rever mais uma das cenas-chave da série, fazer aqui uma pequena homenagem a dois actores que tiveram em The Wire os seus trabalhos de toda uma vida.
Refiro-me em primeiro lugar a Michael K. Williams, que interpreta a minha personagem favorita, Omar Little. Omar é um pequeno gangster que, ao contrário da maioria do espectro social da sua "profissão", consegue sobreviver (quase) até ao fim das 5 temporadas de The Wire. Mas não é um gangster qualquer. É, acima de tudo, humano, e como todos nós tem os seus muitos defeitos, mas também inúmeras virtudes. Williams conseguiu retratá-lo tão bem que o transformou num daqueles "bonecos" que vamos (quem assistiu a The Wire do início ao fim) mantê-lo no nosso imaginário televisivo até morrer. Cinzento e nebuloso como poucos, Omar Little é um assassino que rouba traficantes, qual Robin Hood da urbe, de ar duro, cicatriz na cara, impiedoso, agressivo, sobrevivente no esquema selvagem da "rua" que a cidade de Baltimore apregoa nesta magnífica série (sendo a própria Baltimore também uma "personagem" fascinante, assunto que daria para um ensaio).
Mas Omar é também um homossexual assumido, que pretende vingar a morte do seu amante às mãos de criminosos a quem ele roubou vezes sem fim. É um homem que entende a noção de justiça, e consegue a espaços alinhar com os homens das esquadras de polícia, tal como se alia a quem já o tentou matar. É um estratega. Um jogador de xadrez em forma de rap. Mas não confiem nas minhas palavras. Fixem apenas que Omar é a personagem favorita de... Barack Obama. E se depois de assistirem a qualquer outro trabalho do actor Michael K. Williams não acharem que este Omar lhe deu pano para mangas, aconselho-vos a reverem o vosso barómetro artístico.

O outro senhor aqui homenageado é o actor britânico (leiam outra vez... britânico!) Dominic West. Não só a sua personagem, o detective Jimmy McNulty, goza dos mesmos privilégios de profundidade dramática e "áreas cinzentas" na sua humanidade, como West foi obrigado a assimilar durante 5 anos um sotaque americano do estado de Maryland. Quem vir Dominic West no filme "300", por exemplo, pode atestar bem das suas incríveis capacidades camaleónicas, tal é o contraste.
McNulty é um detective de coração aberto, sempre com um pé no alcoolismo, algo fanfarrão e mulherengo, pronto a ajudar os seus colegas e sempre remando contra tudo e todos no intuito de resolver casos e combater o crime de Baltimore.  O problema é que, no caminho, McNulty é capaz de "atropelar" algumas regras do manual (rígido) de procedimentos policiais, e desta forma deixar furibundos alguns colegas e superiores hierárquicos. E não estamos aqui a falar de polícia corrupto retratado de forma barroca e hiperbolizada à la "The Shield". Nada disso. O que se vê em "The Wire" não podia estar mais próximo da realidade, num retrato em que as suas personagens são más quando devem ser más, mas não se apercebem da sua maldade. Ou pensam que, por exemplo, em Portugal, os corruptos sabem sempre que estão a cometer corrupção? Pensar assim é ser ingénuo. É essa ambiguidade moral que transforma The Wire numa série fabulosa, e que mostra Jimmy Mcnulty como um polícia empenhado e esperto, mas também tóxico, obcecado, facilmente irritável se as coisas não se estiverem a processar à sua medida.
Faço, pois, uma prolongada vénia a estes dois senhores, que em conjunto com um elenco de altíssima qualidade conseguiu mostrar ao mundo o quão miserável e corrupta pode ser a sociedade americana num estado do litoral leste do país, a faixa de terreno dita "civilizada", a apenas 70 Km da capital Washington. "The Wire" é a vida, como ela é. Sem estilismos, metáforas, parábolas, hipérboles ou caricaturas. Aqui um crime não se resolve em duas horas, com um esfregar de um cotonete na boca do suspeito, que revela o seu DNA em minutos. Um caso é um caso é um caso. E dói. No polícia que patrulha a rua, no detective que tenta resolver o puzzle, no cidadão que testemunhou, no traficante que mata e vende droga, no político corrompido, no professor de mãos atadas face a um sistema de ensino cego, surdo e mudo, no jornalista amoral. "The Wire" é o mundo todo em 5 séries que prevalecerão por muitos anos. Amen.

Editado a 9 de Janeiro de 2010
Banda sonora do feriado:

sábado, 5 de dezembro de 2009

Gostei tanto desta passagem da entrevista de Francisco José Viegas a Carlos Vaz Marques no "Pessoal e Transmissível" (TSF) de 10 de Novembro (só agora ouvi em podcast), que tive de transcrever as palavras aqui no blogue:
"A melancolia não significa exactamente infelicidade. Uma dose de melancolia, como uma certa dose de derrotas pessoais, são duas coisas fundamentais não só para formar o carácter, mas para educar com virtude. [...] uma pessoa que não tenha a noção da melancolia e que não tenha a noção da derrota não pode seguir em frente com a mesma dignidade."
Esta ideia está mais que debatida, e não estamos a falar de nenhum segredo para a vida à la Rhonda Byrne. Mas a eloquência do entrevistado faz toda a diferença.

Fui verificar, porque ainda sou daqueles que guarda todos os bilhetes (embora a maior parte já seja imprimida em papel térmico que provoca o desvanecimento das letras com o tempo). Já não vou a uma sala de cinema desde 5 de Setembro, quando assisti ao novo Tarantino. Pior. A sessão anterior fora a 18 de Julho, com a comédia "A Ressaca".
Para alguém como eu, que sempre respirou as salas de projecção, os cartazes, as pipocas ou os ambientes mais selectos do King, é de facto um acontecimento.
Parece que foi ontem que assisti ao primeiro filme no velhinho estúdio S.Tiago, em Castelo Branco, na altura acabadinho de inaugurar com o último grito que vinha dos States: nada mais nada menos que "Top Gun".
Significa que estou definitivamente divorciado do cinema? Pelo contrário. Vejo uma média de 10 a 15 filmes por semana. O problema é que já tenho uma PS3 com leitura de Blue Ray, um belíssimo ecrã LCD FullHD, um disco externo de leitura de ficheiros em DiVX conectado por HDMI, enfim... o básico que um geek precisa para continuar a acompanhar o maravilhoso mundo da sétima arte (ou da sétima e meia, se contarmos a qualidade de algumas séries de TV a passar na actualidade no pequeno ecrã).
Mas o fenómeno é geral. Se descontarmos um ou outro grande blockbuster, cada vez há menos pessoas a ir ao cinema. Por que razão o fariam, se em casa dispõem de todo o conforto e tecnologia para uma experiência muito próxima à das salas escuras? E há que ter em conta toda a pirataria actual, que permite que numa questão de meses, semanas, e às vezes dias, seja possível assistir com qualidade aceitável (de DVD ou BD) um filme que ainda nem estreou no nosso país. Porquê então ir a um cinema? Não sei as respostas. Estou a ser levado por ventos que ainda não sei onde me levarão, mas que não abonam em nada o futuro do cinema enquanto espectáculo exterior de massas em sala paga. Há uma réstea de esperança: que o cinema se reinvente, consiga atrair de novo as pessoas às salas com promessas de novas tecnologias e visionamentos que sejam incompatíveis com o sofá cá de casa (pelo menos enquanto não surgir uma nova geração de TV's ainda melhores, e leitores de discos com mais dados e mais definição, ou simplesmente redes gigantes que nos enviam os filmes para casa pela net numa questão de segundos). Eu diria mesmo que este mês de Dezembro vai assistir ao lançamento de uma das principais armas, uma dessas esperanças da indústria do cinema. Refiro-me a James Cameron e o seu aguardadíssimo "Avatar". Peter Jackson e Steven Spielberg falam maravilhas do sistema inventado por Cameron. Será suficiente? Veremos. Para já, tenho a certeza que este será o próximo filme que me fará regressar a uma sala de cinema. E isso é uma pequena grande vitória.

Editado em 8 de Novembro 2009
Banda Sonora para o fim-de-semana:

Empire of the Sun - We Are The People

Os rapazitos decidiram criar um canal próprio no You Tube e retiraram as ligações embbeded. Mas aqui fica o link na mesma...

(editado a 8 de Janeiro de 2010)

sábado, 28 de novembro de 2009

Leio na Time Out que a mega loja da H&M no Chiado foi eleita pela revista a melhor da década a instalar-se em Lisboa. Não podia estar mais em desacordo. Não só estamos a falar de uma cadeia multinacional sueca (e há tanto comércio tradicional que a própria Time Out costuma festejar e que merecia melhor sorte nesta obtusa votação), como a H&M em especial, em conjunto com a Zara, tem um problema que eu considero de extrema gravidade: não há tamanhos para pessoas XXL. Como é que sei? Desde há uns 5 anos para cá eu próprio me transformei numa dessas massas disformes de pneu mórbido, que até gostava de comprar qualquer coisita naquela loja (os trapos que lá vendem são giros, sim senhor). Mas não posso, porque sempre que lá vou e encontro qualquer coisa que me agrada bato com o nariz na porta que diz "maior que XL não temos".
Questiono-me, tendo em conta o internacionalmente conhecido peso excessivo do comum americano, o que farão estes senhores na loja de Nova Iorque. Vendem tamanhos maiores que nas lojas europeias (sim... já tentei em H&M's de outros países do velho continente)? Se assim é, porque raio não posso comprar esses tamanhos aqui? É uma descriminação social terrível, esta do peso excessivo. E estes tipos não ajudam nada. Um ponto negativo para a Time Out, que tanto estimo como publicação de referência no espectro cultural e de entretenimento da "minha" capital.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hoje recebi um e-mail de um amigo, que sei que o fez por preocupação e porque o tema está na ordem do dia. Associado ao mesmo, vinha um texto em que se apresenta uma senhora como ex-ministra da saúde finlandesa, e um link para este vídeo no YouTube:

Estive prestes a responder ao mail com CC para todos os intervenientes, mas como não quero alimentar mais este tipo de correio em cadeia, deixo aqui a resposta integral para todos:

Antes de fazerem forward de mails destes, informem-se bem das fontes. É com coisas destas que se formam opiniões extrapoladas sobre assuntos que assustam precisamente por causa
deste tipo de correio que alguns criam e reciclam em cadeia, como os famosos mails piramidais do "envia três, porque se não o fizeres vai crescer-te uma verruga gigante no rego do cú).

Esta senhora não é, nem nunca foi ministra da saúde da Finlândia. Uma pesquisa rápida pela net (até na wikipedia, que nem sempre é de fiar) revela-vos que a senhora em questão é famosa no seu país pelo avistamento de OVNIS (diz que foi salva por uns quando sofreu um acidente de carro), e gosta de se auto-proclamar a "Chefe Administrativa da Saúde" da Finlândia. Todos os temas que ela trata são dignos de figurar num "National Enquirer" ou, para ser mais português, num "24 Horas" ou num jornal "O Diabo". São exemplos o "controlo de mente por microchip", "implantes cerebrais", "assassinos zombies" e "raptos por ET's" (sic).

http://en.wikipedia.org/wiki/Rauni-Leena_Luukanen-Kilde
Página oficial do ministério da saúde finlandês: http://www.stm.fi/en/frontpage
http://www.ufo.se/english/articles/scandal.html

Não digo que estes mails não sejam enviados de bom coração, e com a maior das amizades. Mas a pessoas como eu, que neste momento estou prestes a ser pai, revoltam-me. Revoltam-me porque estou mais informado que o normal, vou a consultas com os médicos que acompanham a minha mulher, alguns com opiniões divergentes, mas que não lançam disparates destes para o ar, à espera que as pessoas de repente deixem de tomar uma vacina que pode salvar uma vida emergente e frágil no combate a uma gripe que, não sendo o bicho de sete cabeças que os Media criaram, também não é pêra-doce para um recém-nascido ou um feto em formação.
A minha mulher vai tomar a vacina. Porque ambos aprendemos estatística na faculdade, e sabemos que os casos que têm aparecido na comunicação social são excepções que não confirmam a regra. É o mesmo que dizer que um bebé morreu porque no dia anterior tinha sido submetido a ondas nocivas num TAC.


Espero ter deixado bem clara a minha opinião sobre o tema.

Se houvesse dúvidas sobre a qualidade de "Fringe", esta segunda temporada, emitida actualmente nos Estados Unidos, veio de certa forma dissipá-las. JJ Abrams apostou forte na sua produção, que no ano passado provocou forte impacto e expectativa no panorama de ficção televisiva americano.
O problema é que "Fringe" começou mal. Apesar do episódio piloto de grande orçamento muito vistoso, os argumentistas "descarrilaram" e criaram uma teia de enredos digna dos "X-Files" mais manhosos das últimas temporadas, ou seja pelos bons mas também pelos maus motivos.
Tal como acontece com "Flash Forward", o equilíbrio entre a história e os inúmeros enigmas e enredos de continuidade é altamente deficitário. O espectador agradece que lhe forneçam intrigas e mistérios, mas em doses "legíveis". "Fringe" baralhou as cartas de tal forma, que o acidente esteve prestes a acontecer, com audiências fracas e votações on-line abaixo das expectativas. No entanto, a equipa de Abrams soube dar a volta à questão, e pouco a pouco o argumento solidificou-se num fio narrativo ainda mais fantasioso que X-Files, onde o véu foi propositadamente levantado mais cedo que o previsto para não defraudar as audiências. E resultou. A "season finale" da temporada 1 valeu toda a paciência daqueles que ainda acreditaram num bom envesamento das coisas.
"Fringe" é actualmente a melhor série de ficção científica proveniente do espectro televisivo americano. Com "Battlestar Galactica" terminada e "V" a revelar-se um enorme flop, tem todas as condições para se tornar um culto de tanta longevidade como as aventuras de Mulder e Scully contra os ET's. Assim espero, porque quero saber se Leonard Nimoy irá aparecer mais vezes, como irá terminar a guerra entre os mundos paralelos, quais os segredos obscuros que Walter Bishop guarda (personagem brilhantemente interpretada por John Noble) e que raio são os observadores, aquela raça de seres carecas e vestidos como caixeiros-viajantes dos anos 60.

Editado a 30 de Dezembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Estou completamente enamorada desta música:




Morrisey, "Dear God Please Help Me", do álbum "Ringleader of The Tormentors". O vídeo é uma criação do utilizador do YouTube, visto que o tema ainda não tem videoclip oficial.
Espero que o senhor Morrisey melhore das suas recentes intempéries...
Perguntaram-me se edito os meus posts antigos. Sim. Diversas vezes (o primeiro de todos é um bom caso, porque é onde vou juntando uma lista das minhas músicas preferidas de sempre). É mais um tique perfeccionista que um defeito. De qualquer forma, peço desculpa aos (poucos) que me lêem e se possam sentir defraudados com esse aspecto.
Dou um exemplo: dia 9 de Novembro escrevi sobre a série "Flash Foward", mas não gostei da forma pouco ágil e infantil com que tentei vender a pouca coerência da trama. Editei, e provavelmente editarei mais vezes, se com isso me sentir satisfeito. Como benesse vou passar a deixar uma nota a destacar o facto de ter editado aquele texto, ok?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


No Jimmy Fallon Late Night Show (senhor que ainda não me conseguiu convencer) emitido ontem à noite na SIC Radical, esteve presente, no final, uma das maiores surpresas musicais dos últimos tempos. Pelo menos para mim! Não só pela música, pop refrescante e a fazer recordar Jamiroquai, como também pela invulgar presença em palco de Sean Tillman, um senhor baixinho, rechonchudo, cabelo longo mas de entradas generosas na fronte, roupa psicadélica, estilo que o localiza num mau filme porno dos anos 70.
Aliás, segundo leio na Wikipedia, Sean Tillman é muitas vezes comparado ao actor porno Ron Jeremy.
Que o senhor tem um carisma muito especial, lá isso tem. Basta vê-lo dançar no programa de Jimmy Fallon. A acompanhar com muita atenção. Para já, vou ver se consigo encontrar o novo album, quarto da sua carreira, "Dark Touches" [Editado a 14/11/2009 - Já comprei online, no site oficial, a versão em mp3, que descarrega imediatamente para o PC. Disponibilizam para envio uma edição em vinil cor-de-rosa!!].

Site Oficial

O link do vídeo está aqui, mas sendo um site alojado nos States, não sei se vão conseguir vê-lo. Eu não consegui. Raios! Tenho de arranjar uma dessas ferramentas que salta os proxys em busca de um IP que engane os servidores de streaming americanos.
Após percorrer foruns pela net, grupos de discussão, críticas em sites da especialidade, lá acabei por me decidir: HTC Hero. É este pequeno bicho o meu novo companheiro da orelha. Por mais bonito (e é) que seja o iPhone, por mais diversidade de smartphones com Windows Mobile, tenho fé que o Android vai mesmo ser o formato do futuro.
Além disso, a Google está para a internet como a Apple para o hardware: simples e bonito, com uma invulgar sensibilidade para o design e o amor à primeira vista, com consumidores hipnotizados sem necessitar de grandes campanhas ou marketing feroz.
E se o HTC não é tão agradável ao olhar como o iPhone, também não lhe fica muito atrás. Ora vejamos:

Então? É ou não é bonito? E não me venham com mariquices por causa do "queixo" do aparelho, de que tenho lido barbaridades. Aquela pequena inclinação protege não só a trackball (como nenhum outro), mas também o ecrã, quando temos, por exemplo, uma carteira e o telemóvel colados um ao outro na mão.
Por isso, bem vindo, pequeno Hero. Espero que te aguentes nas minhas mãos pelo menos o mesmo tempo que o teu antecessor, velho e completamente ultrapassado no software, o Motorola V3. RIP.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Com 7 episódios já emitidos nos Estados Unidos, os quais já tive oportunidade de ver, creio conseguir alinhavar umas quantas frases sobre Flash Forward, a super produção que a cadeia ABC está a publicitar como o substituto de Lost (que, como se sabe, tem final agendado para a próxima temporada a começar em Fevereiro 2010 no mesmo canal).

Tal como em Lost, Flash Forward teve um episódio piloto de grande orçamento, com muitas explosões, acção a rodos, e um cataclismo que despoleta a trama da série: toda a população mundial sofre um blackout de um par de minutos, no qual são confrontados com as suas próprias vidas dentro de seis meses. A premissa é interessante, cheia de potencial para escrevinhar umas ideias de ficção com qualidade. Exemplo disso é o flash forward conjunto que muitas personagens simplesmente não tiveram, indicando a probabilidade de nessa data estarem mortas.
O elenco prometia, com Joseph Fiennes à cabeça (Shakespeare in Love, Enemy at The Gates), seguido de outros nomes também do cinema (John Cho, o novo Sulu de Star Trek ou Dominic Monaghan, um dos hobbits de Lord Of The Rings, que já pertenceu ao elenco de Lost) e algumas caras reincidentes do universo televisivo, como a voluptuosa Sonya Walger (excelente em The Mind of The Married Man, Tell Me You Love Me ou em Lost).
Mas a verdade é que desde o primeiro dia se nota alguma desilusão. Não só de minha parte, mas da comunidade em geral que acompanha estes fenómenos televisivos.
A história de Flash Forward tem sofrido mudanças e fios narrativos inconsistentes ou simplesmente ridículos. A ideia de montar uma teia de pistas tornou-se uma obsessão tão grande dos argumentistas, que em muitos momentos ficamos com tramas que ou não levam a lado nenhum ou são empurradas de forma extremamente básica. O episódio 5 é sintomático. Toda a equipa que investiga o caso (porquê tanta gente??) vai a Washington para apresentar o seu ponto de vista sobre o fenómeno ocorrido, e dessa forma continuar a recolher fundos para aprofundar os indícios recolhidos até então (alguns de forma patética e infundada). Deixamos de ter uma trama localizada (em LA), e assistimos a uma equipa confusa, de reacções adversas e pouco justificadas, que a espaços se assemelha a um grupo de alunos de escola secundária em excursão pela primeira vez à capital, acompanhados do seu professor inseguro (o chefe do departamento).
Mas como se isto não bastasse, há um problema bastante mais grave: Joseph Fiennes. O actor, irmão do grande (na minha opinião) Ralph Fiennes, mostra aqui que efectivamente lhe falta muitos genes para ser levado a sério. Não só não consegue aguentar o peso de ser o actor referência, como é "acossado" por uma maleita que lhe afecta a fala, produzindo um sotaque americano degradante para os seus contemporâneos britânicos. Uma voz em tudo falsa, que lhe tira qualquer credibilidade. Porque diabos não manteve o seu sotaque original?
John Cho, por seu lado, é outro erro de casting tremendo. Actor mais habituado a comédias estapafúrdias (os dois títulos "Harold and Kumar", por exemplo), conseguiu o lugar de Sulu pela sua etnia, e até conseguiu um bom registo, devidamente embebido num Star Trek de proporções gigantescas que facilmente o consegue transformar numa bonita peça decorativa, sem grandes esforços de representação. Mas nesta série pedia-se ao actor um maior élan, aspecto que demonstrou não possuir.
Vou continuar a ver a série, claro. Nunca se sabe como as coisas evoluem. Lembro-me que Fringe foi uma confusão do tamanho de Heroes nos primeiros episódios, mas depois lá conseguiu encarrilhar num registo curioso, mais parecido com o fulgor de J.J. Abrams. Mas para já, receio que isto venha a descambar numa daquelas séries em que ficamos sem saber os porquês, após um cancelamento precoce.

Editado a 20 de Novembro de 2009

Imagem "recortada" do site tv.com, sem autoria revelada na origem

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Estava aqui a navegar nos outros blogs que já mantive, e encontrei este post, que embora desactualizado, apresenta de forma bastante completa uma das personagens que mais respeito me transmite no actual panorama televisivo mundial:


A SIC Radical decidiu há muito deixar de transmitir o excelente "Daily Show" de Jon Stewart. O programa, misto de talk-show com notícias falsas e/ou trabalhadas com uma ironia mordaz, revolucionou o modo de ver a actualidade noticiosa americana. Segundo li há pouco tempo, o canal de Carnaxide já voltou a comprar novos episódios para breve [comprou-os e transmite-os actualmente não só na SIC-R como também na SIC-N]. Espero que sim (embora não me afecte especialmente, porque prefiro descarregar os programas mais recentes da net).
E já que o vão fazer, poderiam também dar uma espreitadela ao "Stephen Colbert Report", a produção que a Comedy Central transmite logo a seguir ao "Daily Show". Colbert já foi um dos elementos da equipa de Jon Stewart, mas o seu destaque foi tanto que o mérito de um programa só seu é indiscutível. Para quem não conhece, nada melhor que navegar pela internet e dar uma vista de olhos aos "estragos" que este senhor fez no recente baile anual dos correspondentes da Casa Branca em Washington. Os risos do presidente [em 2006] Bush duraram só até Colbert se referir às "situações encenadas" como a proclamação de vitória americana no Iraque, em cima de um porta-aviões, ou na mais recente visita populista e demagógica à cidade de Nova Orleães.
Podem ler o discurso de Colbert, em frente a todos aqueles jornalistas a que chamou de palhaços e "freaks", aqui. Tomo a liberdade de seleccionar alguns dos melhores momentos, para mais tarde recordar:
(...)
I believe democracy is our greatest export. At least until China figures out a way to stamp it out of plastic for three cents a unit.
(...)
I believe that everyone has the right to their own religion, be you Hindu, Jewish or Muslim. I believe there are infinite paths to accepting Jesus Christ as your personal savior.
(...)
I stand by this man [presidente Bush]. I stand by this man because he stands for things. Not only for things, he stands on things. Things like aircraft carriers and rubble and recently flooded city squares. And that sends a strong message: that no matter what happens to America, she will always rebound -- with the most powerfully staged photo ops in the world.
(...)
This president has a very forward-thinking energy policy. Why do you think he's down on the ranch cutting that brush all the time? He's trying to create an alternative energy source. By 2008 we will have a mesquite-powered car!
(...)
As excited as I am to be here with the president, I am appalled to be surrounded by the liberal media that is destroying America, with the exception of Fox News. Fox News gives you both sides of every story: the president's side, and the vice president's side.
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Here's how it works: the president makes decisions. He's the decider. The press secretary announces those decisions, and you people of the press type those decisions down. Make, announce, type. Just put 'em through a spell check and go home. Get to know your family again. Make love to your wife. Write that novel you got kicking around in your head. You know, the one about the intrepid Washington reporter with the courage to stand up to the administration. You know - fiction!
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Jesse Jackson is here, the Reverend. Haven't heard from the Reverend in a little while. I had him on the show. Very interesting and challenging interview. You can ask him anything, but he's going to say what he wants, at the pace that he wants. It's like boxing a glacier. Enjoy that metaphor, by the way, because your grandchildren will have no idea what a glacier is.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Se vivesse nos Estados Unidos, estaria certamente mais vezes de acordo com as ideias do partido democrata do que o conservadorismo republicano.
Feito este disclaimer, há que saber tirar o chapéu a pessoas do outro lado da barricada, especialmente quando estas estiveram até agora tão certas nas suas opiniões públicas. Refiro-me a Peter Schiff, um economista e corretor da bolsa, senhor que participa com regularidade em tudo o que são fóruns sobre economia nas televisões americanas. Schiff preveu em 2006 e 2007, com arrepiante pormenor, a crise que se avizinhava, e foi inúmeras vezes gozado e ridularizado por isso:


Fonte do vídeo: Blog do Paulo Querido.

É interessante ouvi-lo falar, já em 2009, no programa "Daily Show" de Jon Stewart. Embora republicano convicto, Schiff mantém a sua linha opinativa sobre o futuro da economia, e o que está para vir não é nada animador. Esperemos que se engane em relação a Obama. Mas que o homem é bruxo... lá isso é.
Para se manterem a par das opiniões deste senhor, podem acompanhar por exemplo este blog.

domingo, 1 de novembro de 2009

Acabo de ver as extenuantes 3 horas e 16 minutos de documentário sobre a produção de "Gladiador", a "pérola" de Ridley Scott aos olhos da Academia americana (tendo em conta o número de Oscars que venceu). É irónico que, mesmo que esta edição em Blue-Ray contenha a versão longa do filme, com múltiplas novas cenas introduzidas, o documentário consegue ser ainda maior.

Mas é precisamente nas inúmeras expressões eufemísticas lançadas aqui e ali por produtores, argumentistas, realizador e actores no decorrer do documentário, que nos apercebemos da gigantesca confusão que terá sido o processo de criação do argumento.
Se em "Blade Runner" a coisa correu bem (também existiram inúmeros conflitos ao longo de anos até se assentar num argumento que levasse a luz verde para ser filmado), em "Gladiator", na minha opinião, a coisa descambou num filme pastoso, previsível, e que ganhou um Oscar de melhor filme apenas pela "frescura" que foi o regresso das fitas de sandália, há muito esquecidas por Hollywood e pelos espectadores.
Como grande apreciador da visão de Ridley Scott, tendo a ser muito crítico para com os seus desastres. E este, para mim, foi um deles.

Ainda na sexta-feira regressava do trabalho a caminho de casa, ouvindo no carro, como todos os dias, a Radar FM. E com ela a voz mais cavernosa, gutural, confiante e calma de todo o espectro radiofónico (atrevo-me a dizer mundial).
António Sérgio nasceu com um dom. Aquele timbre de voz era raro, digno de um senhor "voz de bagaço". Transmitia ao ouvinte sensações de confiança e segurança imbatíveis. Foi através de António Sérgio que me inspirei nos meus anos adolescentes de rádio local em Castelo Branco. Foi com ele que descobri inúmeros discos, incontáveis bandas e estilos sonoros de todo o mundo (ainda o ano passado o António elegeu como um dos albuns do ano "Stay Positive", dos Hold Steady, que em Portugal passou despercebido e é para mim um dos albuns da década). António Sérgio era o John Peel português, mas que em nada ficava a dever a essa outra lenda da rádio também já falecida.
Acabo de ler a notícia da sua morte no Público, e sinto agora um vazio tremendo e uma tristeza profunda. Lamento, acima de tudo, nunca ter tido a oportunidade de conhecer o António Sérgio, e assim poder agradecer-lhe toda a educação que ele me proporcionou ao longo das últimas 3 décadas.
Se do alto do teu merecido pedestal no Além me consegues ler, António, o meu gigantesco bem-haja por seres quem eras e por tudo o que me ensinaste.

Fotografia virtualmente recortada da versão on-line do jornal Público. Autoria de Miguel Madeira.

sábado, 31 de outubro de 2009

É muito interessante o conceito do movimento "marvelists" dentro da brit art. A peça ao lado, que esteve em exposição na Holy Trinity Church em Londres, tem por título "The Privilege of Dominion". É de Paul Fryer, um dos mais controversos e chamativos artistas deste grupo, e que, segundo conta esta crónica de Olivia Cole para o Daily Beast, já tem peças adquiridas pelo grande mecenas e milionário François Pinault, proprietário entre outros do Palácio Grazzi e da Punta della Dogana, em Veneza, autênticas mecas da arte contemporânea, e de visita obrigatória.

Imagem de Shaun Curry, AFP / Getty Images, retirada do blog Daily Beast.
Reboot nº 354321 do blog. Já nem me vou dar ao trabalho de apagar os posts antigos. Ficam para a posteridade. Além disso, ainda concordo com tudo o que escrevi neles. Porque diabos hei-de estar limitado a 140 caracteres no twitter ou a uma rede social cristalizada, quando os blogs são, afinal, a melhor ferramenta para regurgitar o que bem me apetece?