domingo, 1 de novembro de 2009

Acabo de ver as extenuantes 3 horas e 16 minutos de documentário sobre a produção de "Gladiador", a "pérola" de Ridley Scott aos olhos da Academia americana (tendo em conta o número de Oscars que venceu). É irónico que, mesmo que esta edição em Blue-Ray contenha a versão longa do filme, com múltiplas novas cenas introduzidas, o documentário consegue ser ainda maior.

Mas é precisamente nas inúmeras expressões eufemísticas lançadas aqui e ali por produtores, argumentistas, realizador e actores no decorrer do documentário, que nos apercebemos da gigantesca confusão que terá sido o processo de criação do argumento.
Se em "Blade Runner" a coisa correu bem (também existiram inúmeros conflitos ao longo de anos até se assentar num argumento que levasse a luz verde para ser filmado), em "Gladiator", na minha opinião, a coisa descambou num filme pastoso, previsível, e que ganhou um Oscar de melhor filme apenas pela "frescura" que foi o regresso das fitas de sandália, há muito esquecidas por Hollywood e pelos espectadores.
Como grande apreciador da visão de Ridley Scott, tendo a ser muito crítico para com os seus desastres. E este, para mim, foi um deles.

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