sábado, 30 de janeiro de 2010

Mais uma fornada de filmes que vi nos últimos dias:

2012

 
Classificação: 5 Espigas (em 10)

Positivo -O realizador Roland Emmerich especializou-se em introduzir nos seus blockbusters, de forma ligeira e algo subliminar, mensagens políticas e de activismo social bastante construtivas. Já o fizera em "The Day After Tomorrow" - a cena da evasão da população americana para o México, com o país latino a reivindicar o perdão da dívida externa para deixar entrar a população assustada é, no mínimo, inteligente.
Voltou a fazê-lo agora, com os ricos e poderosos a ter entrada directa nas enormes arcas de salvamento através de pagamentos astronómicos que os colocam à frente da população em geral. São tudo avisos pertinentes.

Negativo -Irritam-me profundamente os filmes de acção que pretendem dar algum cariz dramático e sério à história e depois incluem cenas de acção onde as personagens gritam como se estivessem a passar pelo loop de uma montanha russa.
Se quisesse jogar um jogo de computador ligava a minha PS3. 2012 é um imenso jogo cheio de níveis do princípio ao fim. Se essa era a premissa com que deveríamos começar a ver o filme, não deveriam incluir cenas demasiado pretensiosas. Além disso a previsibilidade da história alastrou para outros aspectos. Até os efeitos especiais são previsíveis, tendo em conta a quota gigante que Emmerich já conta no seu curriculum de filmes-catástrofe. Homem, faça outra coisa na vida!
O elenco estereotipado é de uma nulidade confrangedora, John Cusack incluído (um actor que até aprecio).

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Classificação: 8 Espigas (em 10)
Positivo -O timing em cheio do filme, numa época de downsizing nas empresas um pouco por todo o mundo; a forma como nos mostra com crueldade e algum humor negro a sensação de ser despedido; o trabalho não só de George Clooney, como de Anna Kendrick; a maneira brilhante como Jason Reitman filma a solidão na era moderna, com uma fotografia a condizer e alguns planos muito bonitos.

Negativo - Na recta final perde algum fôlego, apesar do twist na história. Não gostei em especial da viagem de Ryan (George Clooney) para o casamento da irmã, onde há algumas cenas demasiado lamechas e que tornam o filme um pouco meloso no seu todo. Não havia necessidade, porque até aí o equilíbrio entre comédia e drama estava perfeito.

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